segunda-feira, 16 de julho de 2007

Edição Extra - E o melhor é...

Saldou-se por um rotundo fracasso a primeira iniciativa promovida pel'"A Rebola". A Bíblia do Indoor resolveu premiar os melhores do primeiro ano de Playhouse Champions League, mas os leitores não corresponderam. De um total de ___ eleitores possíveis (a Comissão Nacional de Eleições ainda não nos enviou o número de recenseados, isto é, o número de atletas que já participaram na competição, pelo que esperamos um dia preencher este vazio), apenas 9 (nove) se dignaram a enviar as suas preferências, numa votação que esteve aberta durante cerca de 15 dias.

Dos nove eleitores, cinco estão ligados ao SCP (João, Diogo, Cabica, António e Tiago), três ao CCB (Jorge, Ricardo e Nuno) e temos ainda Mónica, no duplo papel de adepta do SCP/mulher de futebolista. A taxa de abstenção foi, como se infere, elevadíssima, o que é cada vez mais comum em Portugal, alegadamente o país mais civilizado do Norte de África.

Seja como for, e por respeito pelos votantes, vamos ao anúncio dos vencedores.

Assim, temos, não um, mas dois Jogadores do Ano! Tiago, já conhecido por "O Yashin Do Montalvão", e António, "O Di Stéfano Daquele Bairro Que Fica Entre O Estádio Do Bonfim E A Estação Dos Comboios", ambos atletas do SCP, mereceram sete votos cada um.

Pedro Bento, Tony e Roman, com cinco votos, e Diogo, com quatro, são os restantes componentes da equipa ideal da temporada, que ficaria então assim esquematizada: Tiago; Roman; Pedro Bento e António; Diogo e Tony. Uma equipa de ataque, pois claro.

Receberam igualmente votos os seguintes 13 pernas de pau, perdão, jogadores bestialmente tecnicistas: Pedro Cabica e Ricardo (3 votos), Simão, João, Birrento e Jorge (2), Vieira, Manuel, Nuno, Mikael, Eduardo Catarino, Castanheira e Joaquim (1).

Resta dizer, com muita pena, que nos é impossível atribuir os prémios que tínhamos destinado ao(s) vencedor(es) do concurso "Jogador do Ano". Os prémios eram de conteúdo porno-erótico e, sendo os dois vencedores menores de idade, a lei proíbe-nos de proceder à sua entrega. E nós somos cumpridores.

Fica assim encerrada a primeira grande iniciativa d'"A Rebola". Voltaremos na próxima época. Para aumentar o interesse dos leitores, estamos a envidar esforços para a realização de uma Gala para a entrega dos prémios. A apresentação será de Soraia Chaves, na condição de a relativamente engraçada actriz se comprometer a envergar a mesma vestimenta que utilizou na maior parte do filme "O Crime do Padre Amaro". Até pró ano!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Número 18 - 13/07/2007

Nota da Direcção: por falta de comparência do Jornalista destacado, ou de outros voluntários, a crónica desta semana será composta apenas pelo resultado, e marcha do marcador. Intencionalmente os marcadores dos golos não são referenciados, pois os principais marcadores nunca até hoje contribuiram para este Blog, pelo que seriam os principais beneficiados.

Moeda da Direcção: Entretanto, e dando proveito à fama de os funcionários públicos não terem muito o que fazer, Pedro Cabica escreveu e enviou-nos uma crónica do último encontro. Por respeito pelo raro esforço de um funcionário do Estado, publicamos o trabalho logo após a ficha do jogo.

12/07/2007, Playhouse, 19h00

Com Colete, 10 - Sem Colete, 4

Ficha de Jogo:

CCB: Jorge Sousa, Roman, Vieira, Tony, Castanheira, Pedro Bento

SCP: João, Cabica, António, Diogo, Ricardo, Tiago

Marcha do Marcador:

CCB - SCP:
1-0, 2-0, 2-1, 2-2, 3-2, 4-2, 5-2, 5-3, 6-3, 6-4, 7-4, 8-4, 9-4, 10-4

Crónica:

Se o fim fosse o início

20 horas do dia 12 de Julho de 2007, o sr. Gois decide dar por terminada a partida no playhouse de Pinhal Novo. A expressão facial do sr. Gois era o espelho da exibição da sua equipa, o SCP. Talvez o facto de ser sem coletista tenha originado a aplicação do seu poder decisório dando por finda a partida, evitando desta forma uma nova goleada da congénere rival, porventura, quiçá, novo dissabor emocional. Um homem não é de ferro nem há coração que aguente tanta humilhação, o sr Gois não foge à regra.

Num dos vários relvados verdes da magnífica estrutura onde o espectáculo decorria os CCB terminavam a partida da melhor forma possível, tendo em Toni o seu principal municiador e construtor de jogo, nem o facto de ter feito um jogo apenas razoável o impediu de continuar a ser o elemento gerador de imprevisibilidade, de todos os elementos participantes é o que maiores desequilíbrios provoca. No lance anterior ao 9-4 final já Jorge Sousa tinha bisado, a demonstrar grande capacidade emocional após o ping pong de palavras semanal, bastante vergonhoso, entre o próprio e o seu marcador directo de seu nome do meio Cabica. Esta ocorrência foi largamente publicada e publicitada na principal imprensa desportiva regional do país, a qual atingiu níveis de audiência nunca antes registados. Os 2 últimos golos do SCP foram marcados pelo melhor jogador em campo desta promissora equipa que tarda em encontrar-se, que tarda também em encontrar o paradeiro de Simão Neves, que por fim tarda em encontar um rumo regular de vitórias. Cabica ficou em branco mais uma vez derivado ao facto de não gostar de preto, Ventura provocou novo estímulo na sua equipa ao fazer o tento da igualdade (2-2), sol de pouca dura, porque antes do 2-1 marcado pelo mustang António, já a equipa sem coletista perdia por 2-0.

A história do jogo ficou marcada pelos segundos iniciais com o resultado em branco, o que define na perfeição o equilíbrio constante em ambas as equipas nesta fase do jogo.

O apito inicial fez-se ecoar por volta das 19 horas, com a esperança dum resultado positivo da parte do SCP a invadir de palpitações o coração de melão do Sr. Gois.

Apreciação Individual (1-5):

CCB:
- Vieira (3) - Muito certinho, imagem de marca deste jogador, algumas hesitações e precipitações quando tem alguns jogadores adversários actuantes em pressão alta. Não comprometeu, inteirando-se bem na manobra atacante da sua equipa.
- Roman (4) - Dos jogadores mais cobiçados pelas 2 equipas. Faz bom uso do porte físico revelando-se por vezes uma autêntica muralha. Nota-se alguma quebra física, recuperável quando o CCB faz a rotatividade de Guarda redes.
- Pedro Bento (4) - Bisou, quanto a nós o jogador mais discreto, quase não se dá por ele, mas portador uma eficiência e de um sentido táctico impressionante. Jogador tecnicamente evoluido. Com maior poder de explosão ainda dará mais que falar.
- Castanheira (3) - O golinho da ordem, boa técnica e velocidade é a imagem de marca deste voluntarioso jogador, só necessita de ler melhor o jogo, ou seja jogar de cabeça levantada.
- Toni (4) - Se se pudesse atribuir um 3,8 era a nota que levava, já fez melhores jogos, mas decididamente é o jogador com mais talento a nível técnico das 2 equipas. Imprevísivel, muito rápido e imprescindível nesta equipa. Quando não joga, a sua falta é notória. Muito mais maduro.
- Jorge Sousa (4) - Outro jogador que poderia levar a mesma nota de Toni. Parece uma frase feita, não o é. Desgasta a defesa adversária, cria linhas de passe, tem bom jogo de cintura, inteligente na forma como utiliza o corpo para ganhar diversos lances. Mais 2 golos para a média final.

SCP:
- Tiago (2) - Ontem não fez os impossíveis, nem sempre é possível, mal batido em 2 golos, não fosse esse facto, teria nota 3. Melhorou nas saídas.
- Cabica (3) - Às vezes dá pena ver este jogador tão voluntarioso, bastas vezes obrigado a preencher várias zonas do campo quase em simultâneo para compensar algumas falhas defensivas dos seus colegas, com isto não consegue explanar todo o seu potencial, que o tem e que precisa ser trabalhado. Tem revelado alguma falta de confiança, necessita melhorar a técnica. Não comprometeu. Bem nos lances de bola parada, principalmente nos pontapés de canto.
- Ricardo (4) - Foi o melhor jogador desta equipa, marcou 2 golos muito importantes, actuou numa zona mais central do terreno, mais a habituado a descair para o lado direito. Palmelense e Quintajense choram por ele.
- Diogo (2) - Queixou-se em demasia das faltas por assinalar, complicou o que era fácil, não deixa de ser um grande jogador. Precisa de perceber que o futebol tem de ser jogado de forma simples apesar de todo o potencial.
- António (2) - O melhor jogador do SCP parece desmotivado, necessita de estímulo e incentivo, talvez devesse ser ele o o maestro desta equipa, ou de uma equipa com muito maiores ambições.
- João Ventura (3) - O marcador do golo mais bonito da história do Indoor também não tem possibilidade de explanar o seu futebol, também ele tem de sair da sua posição natural para procurar ocupar os espaços de forma a arrastar consigo os centrais para permitir a finalização dos médios interiores. O golo marcado na passada semana pode ser visionado na Reboleusport.

Adepto da semana: Sr. Gois.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Número 17 - 10/07/2007

Nota da Direcção: No Correio dos Leitores da edição número 15 d'"A Rebola", Jorge Sousa inaugurou um novo tipo de comentário futebolístico: o comentário feito por alguém que não viu o jogo que comenta. A Direcção d'"A Rebola" permitiu-se apropriar-se da inovadora ideia deste nosso leitor e decidiu esta semana apresentar uma crónica escrita por quem não esteve presente na Playhouse. Esperamos que esta nova forma de jornalismo seja bem recebida pelos nossos fiéis leitores.

05/07/2007, Playhouse, 19h00

Com Colete, 16 - Sem Colete, 11

Ficha do Jogo:

CCB: Joaquim, Roman, Eduardo, Pedro Bento, Castanheira e Tony.

SCP: Birrento, Paulinho, João, Valter, António e Diogo.

Golos: Por avaria do marcador electrónico não foi possível assinalar os golos.

Crónica:

Calcanhar de Aquiles

Realizou-se na passada semana o 300º derby entre SCP e CCB, como em todos os derbies a incerteza do resultado tem como certeza a incógnita do mesmo, tão certo como os CCB entrarem no jogo a perder, perderem a cabeça, a noção do horário, acabarem por acertar os ponteiros do relógio no fuso auto-estabelecido, estabelecido de forma a levar de vencida a sua congénere rival por larga vantagem. Ao contrário do afirmado pelo omnipresente ponta de lança/repórter/visionário Jorge Sousa, o SCP deu novo alento à história destes gigantes, ou seja os sem coletistas não perdem de 2 em 2 meses, mas sim de 2 em 2 semanas. A jogatana ficou marcada por algumas ausências de vulto, retornos e estreias de culto, realçamos a ausência de Cabica, alvo de sumaríssimo do conselho de justiça por excesso de fair-play, Simão Neves dividido entre reuniões de serviços sociais, conselho de justiça e panteras cor de rosa (novo patrocinador da Instituição Saltitante das Papoilas) e a ausência ou não de Jorge Sousa, segundo fonte segura, abdicou de jogar esta partida para poder comentá-la através de videoconferência num qualquer sítio do mundo, provavelmente terá arrastado Cabica consigo para este nunca mais o marcar, quiçá voltar ou vice versa. Quanto às estreias uma palavra de apreço e incentivo para os debutantes destas andanças, muito nervosos, ansiosos, fazendo jus ao talento com algumas hesitações técnico/psico/tácticas afinal é a estreia no derby mais mal bem jogado do mundo, já os retornados estiveram ao nível de qualquer guerreiro participante na guerra colonial.

No jogo jogado, entrou melhor o SCP, mantendo-se depois o equilíbrio até ao empate (6-6), no momento seguinte reagiram impulsivamente e energicamente os CCB construindo com tranquilidade o 12-6 e gerindo depois até ao 16-11 final. Destaque para o regresso em grande de João Ventura que deliciou os milhares de adeptos presentes com um magnífico golo de calcanhar, digno de figurar nos 7 magníficos golos de calcanhar de toda a história, prova disso o aplauso monumental dos insuportáveis tiffosi dos CCB brindaram o jogador germanico-setubalense pelo golo lindíssimo, que vai fazer esquecer a curto prazo o célebre golo de Enrabado Madjer na final do Prater de 87 marcado ao Bayern München. Nem tudo brilha nos calcanhares do SCP, o de Aquiles tarda em eclipsar-se.

Apreciação Individual (1-5):

CCB:
- Joaquim (3)
- Roman (3)
- Eduardo (3)
- Pedro Bento (4)
- Castanheira (4)
- Tony (4)
- Jorge Sousa (?)

SCP:
- Birrento (3)
- Paulinho (2)
- Valter (2)
- António (2)
- Diogo (3)
- João (5): Momento delicioso, estonteante, inesquecível, o melhor golo de todos os derbies, alembra que está vivo e com ganas de mostrar todo o seu grande potencial e real valor.

Pseudo Jornaleiro: José Cabica Omnipresente da Bóia.