quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Número 1 - 23/02/2007


Equipa SCP (desfalcada)

Equipa CCB (não tão desfalcada)

Jorge em plena fase de construção de jogo


22/02/2007, Playhouse, 19h00

Sem Colete, 6 - Com Colete, 6

Ficha do jogo:

Sem Colete: Tiago; Roman, Cabica, João, António e Diogo.

Com Colete: Mickael; Telmo, Pedro Bento, Castanheira, Toni e Jorge.

Golos: Diogo (1-0), Diogo (2-0), Diogo (3-0), Pedro Bento (3-1), António (4-1), António (5-1), João (6-1), Toni, g.p. (6-2), Pedro Bento (6-3), Castanheira (6-4), Toni (6-5) e António, p.b. (6-6).

Crónica:

Sabor a derrota

O bem tratado relvado artificial da Playhouse recebeu esta quinta-feira o jogo mais interessante dos 17-avos-de-final da Taça UEFA: Sem Colete contra Com Colete. Enquanto Benfica e Braga eliminavam uns toscos quaisquer da prova, o Pinhal Novo recebeu um choque de titãs. Ao contrário da semana passada, em que os Sem Colete Pros (SCP) dizimaram os Com Colete Boys (CCB) por 14-7, o encontro desta semana foi impróprio para cardíacos, tal a intensidade com que foi disputado do primeiro ao último minuto. O empate a seis bolas acaba por saber a derrota para ambas as duas equipas, e vice-versa. Para o SCP porque esteve a golear por 6-1 e deixou escapar a vitória de forma infantil. Para o CCB porque criou mais oportunidades, incluindo uma mão-cheia de bolas no barrote, uma das quais bateu nos dois postes e voltou para trás.

Em relação ao jogo anterior, o SCP manteve o seu seis. Já o CCB teve de mexer em duas peças: Vieira, alegadamente lesionado (boa desculpa, dizer que não se ia jogar para ficar a ver o Benfas dava mau aspecto), deu o seu lugar ao estreante Telmo. Para o lugar do Joaquim entrou Mickael. O encontro não podia ter começado melhor para o SCP. Diogo marcou três golos de rajada e garantiu uma vantagem aparentemente confortável para a equipa mais jovem. Pedro Bento reduziu para 3-1 e outros lances houve em que o resultado podia ter sido mais equilibrado, mas algumas paradas de Tiago e as acima mencionadas defesas dos paus inviabilizaram alguns golos para o CCB. Com a confiança em alta, o SCP continuou a produzir boas jogadas e chegou aos tais 6-1, com dois golos de António e um de João. O momento do jogo aconteceu depois: numa jogada inofensiva Roman não resistiu a dar uma mãozinha e ofereceu um penalty ao CCB. Toni não perdoou e relançou o encontro. O golo quebrou o ânimo do SCP, que começou a cometer erros infantis na defesa e a não conseguir sair mais para o ataque. O resultado foi então ficando cada vez mais curto, com golos de Pedro Bento, Castanheira e Toni. Com 6-5 tivemos o caso do jogo. Numa jogada confusa a bola dirigia-se para a baliza do SCP quando Roman cortou em cima da linha. Dentro ou fora? Nem as imagens virtuais permitiram ter a certeza de se o redondo esférico chegou a ultrapassar ou não a linha fatal. A equipa de arbitragem decidiu não conceder o golo. Não importou muito, pois no lançamento lateral resultante António tocou ligeiramente na bola e traiu Tiago, fazendo o resultado final.

Em resumo, foi um jogo muito disputado, com um resultado justo, embora infeliz para as duas equipas. O CCB mostrou desta vez melhor futebol e mais matreirice, pois soube cortar algumas jogadas de ataque do adversário com faltas cirúrgicas. O SCP começou bem, mas os cotas da equipa deram o berro e a equipa partiu-se, na parte final. O jogo da próxima semana promete! Espera-se casa cheia (como sempre).

Apreciação Individual (1-5):

SCP:
- Tiago (4): Mais concentrado do que na semana anterior, evitou alguns golos certos e praticamente não teve culpas nos tentos sofridos.
- Cabica (3): Foi o mais eficaz da defesa sem colete, dando o corpo às bolas em inúmeras ocasiões. Não leva melhor nota porque não esteve tão bem em termos ofensivos e porque quebrou na parte final.
- Roman (3): Estava a ser o mais esclarecido da defesa e teria nota quatro se não fosse o penalty cometido, que permitiu a recuperação adversária. Ronny só há um!
- João (3): Depois da grande exibição da semana passada, voltou ao seu nível habitual. Não leva dois porque marcou um golinho e porque defendeu relativamente bem, facilitando apenas num golo.
- António (3): Marcou três golos, infelizmente um na baliza errada. Não fosse isso e teria nota quatro, pois ainda foi o que mais tentou atacar na fase derradeira.
- Diogo (4): Foi o homem do jogo, apontando os primeiros três golos do SCP. Se o jogo tivesse terminado logo aí, teria saído em ombros, mas o pior estava para vir. Como perdeu eficácia não leva nota cinco.

CCB:
- Mickael (3): Esteve a maior parte do jogo na baliza e revelou-se uma boa surpresa. Nunca facilitou e num ou noutro lance evitou o golo ao SCP.
- Telmo (3): O estreante mostrou ser um bom contraponto aos outros elementos da equipa, isto é, mais físico do que técnico. Foi importante a estancar os contra-ataques, recorrendo algumas vezes à falta. Com um árbitro mais rigoroso poderia não ter saído com a folha disciplinar limpa.
- Pedro (4): Mais próximo do seu nível habitual, embora ainda não seja o jogador de 2006. Marcou dois golos importantes e fez algumas assistências, incluindo para o autogolo de António.
- Toni (4): Também marcou dois golos e criou muito jogo ofensivo. É o jogador com mais ritmo das duas equipas (e o mais falador, também), o que por vezes parece prejudicar a conclusão das jogadas.
- Castanheira (3): Bem melhor que na semana passada. Marcou um golo e também se portou bastante bem na baliza, enquanto lá esteve.
- Jorge (2): A um avançado pedem-se golos e quando estes não aparecem... Por isso leva a única nota negativa da jornada. Não marcou, mas nem foi por falta de oportunidades, como aquela em que se isolou depois de deixar Cabica estatelado (com falta? O apitador deixou seguir).

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Número 0 - 16/02/2007

15/02/2007, Playhouse, 19h00

Sem Colete, 14 - Com Colete, 7

Crónica:

As duas equipas apresentaram-se com uma alteração cada em relação à semana anterior, em que a equipa Com Colete tinha ganho, se a memória não falha, por 11-7. Nos Com Colete Joaquim substituiu Mickael e nos Sem Colete foi Cabica quem entrou para o lugar de Simão. Como os treinadores do pé na bola gostam de dizer, foi um jogo com duas partes distintas. Na primeira a equipa Com Colete teve de alinhar apenas com cinco jogadores, devido ao atraso de Castanheira. Assistiu-se então a um massacre da equipa Sem Colete, que aproveitou para ganhar uma vantagem confortável enquanto se mantinha em superioridade numérica. Nesse período praticou muito bom futebol e marcou seis golos. O adversário apenas fez o gosto ao pé uma vez e num lance muito feliz, em que a bola ressaltou num defesa contrário e passou pelo meio da cueca de Tiago. Após o 6-1, com a frustração, um elemento Com Colete estoirou a bola para o ar e conseguiu acertar numa lâmpada, apagando toda a iluminação naquele campo. Ao mudar de campo, para um que imediatamente antes tinha sido conspurcado por mais de uma dezena de chavalitos envergando a camisola do clube vizinho do Colombo, o jogo mudou. Até porque coincidiu com a igualdade numérica das equipas, pois o bom do Castanheira lá chegou. Os sem coletes entraram melhor na segunda parte e chegaram ao 7-1, um resultado sempre saboroso. A partir daí o jogo tornou-se mais equilibrado. A equipa Sem Colete, com menos espaços para jogar, teve de actuar com mais cautelas, enquanto a Com Colete atirou-se completamente para a frente. Começaram a surgir golos para ambos os dois lados, mas a equipa vencedora manteve sempre a profissionalidade (como diria Paulo Sousa) e nunca permitiu que a vantagem baixasse dos quatro golos. Na parte final, com a descrença adversária, aumentou para sete golos, terminando o encontro num inequívoco 14-7.

Apreciação Individual (1-5):

Sem Colete:
- Tiago (3): Como sempre, fez defesas decisivas, mas cometeu erros que não são habituais. Para além de sofrer um golo de rata, apanhou com as mãos um atraso de bola e ofereceu um golo a Toni, num lançamento lateral.
- Cabica (4): Foi o esteio habitual da equipa, garantindo a consistência defensiva e subindo sempre que possível. Ofereceu um golo ao adversário, mas foi um erro no meio de inúmeras acções positivas.
- Roman (4): Tal como Cabica, garante sempre estabilidade cá atrás e sobe quando deve. Destacou-se também com algumas assistências para golo dignas de um número 10, de um Romagnoli.
- Diogo (4): É o mais habilidoso da equipa e nos últimos jogos tem subido de rendimento porque tornou-se mais objectivo na hora de atirar ao golo. Mas ainda falha alguns e aquele de baliza aberta, quase no fim, é imperdoável.
- António (4): O outro craque da equipa também contribuiu de forma decisiva para o triunfo. Continua apenas um pouco descalibrado na hora do remate. Quando for mais letal, será difícil aos Sem Colete manterem-no no plantel.
- João (5): O homem do jogo. Foi o melhor jogo da sua vida, pelo menos no Playhouse. Marcou cinco golos, aproveitando praticamente todas as oportunidades de que dispôs. Num dos golos partiu os rins a Pedro Bento, quando normalmente é o contrário que acontece. Se jogasse sempre assim seria uma mistura de Klinsmann com Drogba. Habitualmente é uma mistura de Elpídio Silva com Kikin Fonseca.

Com Colete:
- Vieira (2): Normalmente é um dos jogadores mais fiáveis da sua equipa, mas ontem aparentou alguma desconcentração. Será que não recebeu a prenda de São Valentim que desejava?
- Joaquim (2): Não pareceu estar em grande condição física, possivelmente por só jogar de 15 em 15 dias. Na baliza, onde costuma ser o mais forte da sua equipa, sofreu golos anormais.
- Pedro (3): É daqueles que não sabe jogar mal, mas em 2007 ainda não conseguiu atingir o nível do ano anterior. Se fosse possível, talvez precisasse de um ou dois jogos no banco. Este ano ainda nem sequer marcou o seu golo típico: esperar pela saída de Tiago e meter a bola sabe-se lá por onde, com um efeito do caraças.
- Toni (3): O outro craque da equipa também não fez a diferença, desta vez. O seu empenho foi o mesmo de sempre, mas ontem foi engolido pelo turbilhão adversário.
- Jorge (3): É outro que também dá sempre tudo o que tem e não há bola nem canela que saia incólume de um jogo contra este avançado. Mas ontem raramente conseguiu posicionar-se a contento para a finalização.
- Castanheira (2): Jogou apenas a segunda parte. Apesar de o jogo ter ficado mais equilibrado, não conseguiu fazer a diferença. Desesperou os companheiros quando, num contra-ataque de três contra um, rematou quase de meio-campo. Para a bancada, se ela estivesse lá.